sábado, 27 de novembro de 2010

TUMOR

   Tumor é um termo genérico que indica um aumento anormal de uma parte ou da totalidade de um tecido.
Ao falarmos em tumor é necessário ter em mente que podemos estar nos referindo a uma neoplasia, que pode ser maligna ou benigna. A tumoração pode também ser devido a um acúmulo de líquido formando uma coleção ou ser uma tumoração reativa inflamatória. Não se sabe ao certo a causa destes, entretanto sabe-se que a sua origem se dá numa célula defeituosa que reproduz outras com a mesma deformidade (e estas células defeituosas originadas geram outras defeituosas, e assim por diante, fazendo o tumor crescer). A diferença entre o tumor benigno e maligno é a sua capacidade de gerar metástases pelo corpo, assim como a velocidade do aumento do tecido afetado, podendo medir assim sua "agressividade". Pode-se dizer que no tumor benigno, as células ficam como que envolvidas por uma membrana que impede que elas se desenvolvam e espalhem tanto; ao contrário do maligno que pode, por exemplo, começar no estômago e espalhar-se por todo o sistema digestório ou qualquer outra parte do corpo em pouco tempo. Os tratamentos existentes hoje são quimioterapia (remédios injetados na veia ou via oral), radioterapia (destruição das células cancerígenas por meio da radiação), cirurgia (retira-se parte ou todo o órgão atingido) e a imunoterapia (o paciente é estimulado artificialmente a produzir anticorpos e citocinas).
   A cura existe para ambos diagnósticos de câncer (cancro), desde que tratados de forma adequada.

CÂNCER

Introdução
A palavra câncer tem origem no latim, cujo significado é caranguejo. Tem esse nome, pois as células doentes atacam e se infiltram nas células sadias como se fossem os tentáculos de um caranguejo.
Esta doença tem um período de evolução duradouro, podendo, muitas vezes, levar anos para evoluir até ser descoberta. Atualmente, foram identificados mais de cem tipos desta doença, sendo que a maioria tem cura (benignos), desde que identificados num estágio inicial e tratados de forma correta.
Como os tumores nascem
Os tumores aparecem no organismo quando as células começam a crescer de uma forma descontrolada, em função de um problema nos genes. A causa dessa mutação pode ter três origens : genes que provocam alterações na seqüência do DNA; radiações que quebram os cromossomos e alguns vírus que introduzem nas células DNAs estranhos. Na maioria das situações, as células sadias do organismo impedem que estes DNAs passem adiante as informações.
O tumor desenvolve um conjunto de rede de vasos sanguíneo para se manter. Através da corrente sanguínea ou linfática, as células malignas chegam em outros órgãos, desenvolvendo a doença nestas regiões. Esse processo de irradiação da doença é conhecido como metástase.
Esta doença é tão perigosa, pois possui capacidade eficiente de reprodução dentro das células e também porque se reproduz e coloniza facilmente áreas reservadas a outras células.
Principais causas
Existem vários fatores que favorecem o desenvolvimento do câncer. Podemos citar como principais : predisposição genética (casos na família), hábitos alimentares, estilo de vida e condições ambientais. Todos estes fatores aumentam o risco de uma pessoa desenvolver a doença.
Cãncer nos pulmões, na boca e na laringe são as principais doenças causadas pelo cigarro. Bebida alcoólica em excesso pode provocar, com o tempo, o aparecimento de câncer na boca. Sol em excesso pode afetar as células e cresce o risco do desenvolvimento desta doença na pele. O câncer de mama tem origens nos distúrbios hormonais e é mais comum nas mulheres. A leucemia (câncer no sangue) é desencadeado pela exposição à radiações.
Determinadas infecções podem desencadear o surgimento de tumores no estômago e no fígado. A vida estressante, a alimentação inadequada (rica em gorduras, conservantes e pobre em fibras) também estão relacionados a alguns tipos de câncer.
Tratamento
O melhor tratamento ainda é aquele que visa evitar o surgimento da doença. Para tanto, os especialistas aconselham as pessoas a ter uma vida saudável: alimentação natural e rica em fibras, evitar o fumo e o álcool, ter uma vida tranqüila, fugindo do estresse, usar protetores ou bloqueadores solares e fazer exames de rotina para detectar o início da doença.
Atualmente, a medicina dispõe da radioterapia e de cirurgias para combater a doença. Quando se faz necessário a retirada do tumor, a cirurgia é o procedimento mais adequado. Já a radiação é utilizada para matar as células cancerígenas. Porém, este segundo procedimento tem efeitos colaterais como, por exemplo, queimaduras na pele provocada pela passagem da radiação.
A quimioterapia é um procedimento que visa, através da administração de drogas, impedir a reprodução das células cancerígenas, levando-as à morte. Esse procedimento também tem efeitos colaterais como, por exemplo, a queda de cabelos.
Nos casos de câncer de mama e de próstata é usada a hormonoterapia, pois estes tipos de tumores são sensíveis à ação de determinados hormônios. 

sábado, 20 de novembro de 2010

Derrame pleural

  Derrame pleural é a acumulação excessiva de fluido na cavidade pleural, a qual é naturalmente lubrificada. Uma quantidade excessiva deste fluido pode descompensar a ventilação por limitar a expansão dos pulmões durante a inalação.
  Normalmente uma pleura “desliza” sobre a outra como se fossem duas lâminas de vidro com uma quantidade mínima de líquido pleural para evitar o atrito.
  Quando uma dessas pleuras sofre um processo inflamatório a dor aparece. Em função do comprometimento pleural ser evolutivo, tem-se produção anormal do líquido pleural e/ou redução na reabsorção deste líquido, que passa a acumular-se no espaço pleural e “afasta” uma pleura da outra, evitando o atrito, atenuando e até fazendo desaparecer a dor.
  A produção aumentada e/ou a reabsorção reduzida faz com que haja uma grande quantidade de líquido no espaço pleural, o que é o “derrame pleural” que a medida que aumenta faz colapsar lóbulos/lobos pulmonares levando a uma insuficiência ventilatória restritiva que se manifesta por “falta de ar” (dispnéia).

Classificação

Os derrames pleurais são classificados em :
  • Líquidos:
    • quanto à etiologia (tuberculose, pneumonia, neoplasia)
    • quanto ao caráter (serofibrinoso, hemático ou hemorrágico, purulento, quiliforme)
    • quanto à localização (grande cavidade, interlobar, mediastínico)
  • Mistos: hidropneumotórax, hemopneumotórax, piopneumotórax.

Classificação de acordo com a composição bioquímica

Os derrames pleurais são classificados de acordo com sua composição bioquímica, como:
  • transudatos
  • exsudatos

 Características dos transudatos

Geralmente, por conterem pouca proteína na sua composição, os derrames pleurais do tipo transudato são límpidos, amarelo-claros e não se coagulam espontaneamente.

Doenças associadas a derrame pleural do tipo transudato

  • Condições hipoalbuminêmicas com anasarca
  • Insuficiência cardíaca congestiva
  • Embolia pulmonar
  • Obstrução da veia cava superior
  • Cirrose hepática com ascite
  • Síndrome nefrótica
  • Glomerulonefrite
  • Diálise peritonial
  • Mixedema
  • Sarcoidose

PRESSÃO ONCÓTICA

   Pressão oncótica é a pressão osmótica gerada pelas proteínas no plasma sanguíneo. No plasma sanguíneo, os componentes dissolvidos possuem uma pressão osmótica. A diferença entre a pressão osmótica exercida pelas proteínas plasmáticas (pressão osmótica coloidal) no plasma sanguíneo e a pressão exercida pelas proteínas fluidas no tecido é chamada de pressão oncótica.
   A pressão osmótica é a passagem de um líquido através de uma membrana semi-permeável, do lado mais diluído em direção ao lado mais concentrado. Quando existem proteínas que contribuem para formação da pressão osmótica, esta é denominada pressão coloidosmótica (porque é gerada por colóides) ou pressão oncótica.
   Ou seja, a pressão oncótica é a pressão exercida pelas proteínas plasmáticas, principalmente (70% da pressão) pela albumina pois é a que se encontra em maior quantidade no plasma (cerca de 50%).
Já que as proteínas grandes do plasma não são capazes de atravessar facilmente as paredes dos capilares, o seu efeito na pressão osmótica do interior dos capilares irá, de algum forma, balancear a tendência do fluido vazar dos capilares. Em condições onde as proteínas plasmáticas estão reduzidas, como quando são excretadas na urina (proteinúria) ou por malnutrição, o resultado da pressão oncótica muito baixa pode ser a saída de água para o líquido intersticial, provocando edema(acúmulo anormal de líquido no espaço intersticial) ou ascite.
   Em outras palavras, esta pressão contraria a pressão hidrostática, obrigando a água a manter-se dentro dos vasos.
   A pressão oncótica aumenta durante o comprimento do capilar, especialmente em capilares que possuem uma grande rede de filtração (como os capilares do glomérulo renal), por que o fluido filtrado, ao sair, deixa proteínas no sangue, aumentando a concentração protéica..

sábado, 13 de novembro de 2010

TROMBOSE ARTERIAL

Trombose arterial
   Na patogênese da trombose arterial destaca-se cinco etapas: 1) adesão das plaquetas ao subendotélio e ativação dos receptores de membrana nas plaquetas; 2) liberação do conteúdo plaquetário; 3) agregação plaquetária; 4) adição de fibrina; 5) formação de trombo fibrinoplaquetário branco-acinzentado.
   Diagrama da parede de uma artéria com a placa de ateroma calcificada e a formação de um trombo arterial com aglomerado de plaquetas e hemáceas em pilha.
trombo

Adesão das plaquetas ao subendotélio
   Após a lesão vascular, ficam expostos o colageno da membrana basal e as microfibrilas, aos quais aderem as plaquetas circulantes. Este processo e mediado por substâncias aderentes: fibrinogênio, fibronectina, vitronectina e fator de von Willebrand.
   A adesividade plaquetária como o próprio nome diz é a capacidade que tem as plaquetas de se aderir a uma superfície endotelial, geralmente ao colageno exposto, ou a uma superfície endotelial anormal.
   Fator de Von Willebrand – A adesão plaquetária é um fenômeno que depende de um fator de coagulação, chamado fator de Von Willebrand. Trata-se de uma proteína polimérica sintetizada exclusivamente por células endoteliais e megacariócitos, com peso molecular de 500 a 20.000 HDa (Kilo Daltons), que serve como transportador do fator VIII sangüíneo.
   Papel da fibronectina – A fibronectina é uma glicoproteina encontrada na matriz extracelular do endotélio.   
   E exposta a corrente sangüínea quando o revestimento endotelial é lesado e durante o processo de reparo da lesão endotelial e produzida em grande quantidade. Existe sob duas formas: a solúvel no plasma e solida na matriz extracelular dos tecidos, especialmente do endotélio; existe também fazendo parte das plaquetas, onde e encontrada nos grânulos alfa. Liga-se avidamente ao colageno e ao componente C1q do sistema do complemento; e liberada pelas plaquetas quando expostas ao colageno, trombina e certas bactérias.
   A fibronectina se incorpora ao trombo através da ligação cruzada com o fator XIII ativado e representa 4,4% da massa do coagulo sangüíneo. Liga-se covalentemente a fibrina, podendo ser importante na adesão e migração de fibroblastos, células endoteliais e monócitos no local da lesão.
Agregação plaquetária
   A agregabilidade plaquetária é um fenômeno que depende apenas do endotélio e da própria plaqueta. Não depende do fator Von Willebrand; depende do tromboxano 2 (TxA2), do endoperóxido cíclico, do ADP e talvez do PAF (Platelet activating factor). Por tanto, fenômeno totalmente distinto da adesividade.
  A mensuração da agregabilidade plaquetária é realizada através de um agregômetro, que consiste de um medidor de densidade óptica, acoplado a uma impressora que registra as mudanças ocorridas no material biológico, ao qual é adicionado um indutor de agregação.
Ativação plaquetária.
   A ativação das plaquetas ocorre após a aderência das plaquetas circulantes nas regiões dos vasos lesados onde ficam expostos o colageno da membrana basal e as miofibrilas.
   A ativação pode desenvolver-se através de três vias independentes, ainda que relacionada entre si : a via do ácido araquidônico, a via do cálcio-calmodulina e a vai do fator de ativação plaquetária (PAF).
Sua ativação se da transformando-as em pequenas esferas com múltiplos pseudopodos. As plaquetas se depositam em forma de um única camada e também aderem umas as outras formando agregados reversíveis.
  A ativação plaquetária segue três vias possíveis:
a) ativação do metabolismo do ácido araquidônico;
b) aumento dos ions de cálcio citoplasmático (via cálcio-calmodulina)
c) liberação do fator de ativação plaquetária (PAF).
a) ativação do metabolismo do ácido araquidônico
   As tromboxanas são produzidas a partir do ácido araquidônico, através da transformação dos endoperóxidos (PGG2 e PGH2) pela ação do sistema enzimático tromboxane-sintetase existente nas plaquetas.
   As tromboxanas são substâncias que produzem vasoconstrição no local da lesão vascular, agregação plaquetária e ativa a fosfolipase A, contribuindo para a desgranulação plaquetária. Exerce seus efeitos aumentando o cálcio iônico intracelular, e pela união a receptores específicos dos grânulos, provocando a inibição do AMPcíclico.
b) aumento dos ions de cálcio citoplasmático (via cálcio-calmodulina)
Esta via de ativação plaquetária é mediada pelo colageno e pela trombina, produzindo uma ativação direta pelo aumento brusco de cálcio iônico livre no citosol. O cálcio provém do meio externo da plaqueta e do sistema tubular denso. Forma um complexo com a calmodulina, que atua como coenzima em diversas reações plaquetárias, iniciando, assim, a desgranulação e a contração actomiosina plaquetária por uma via independente do ácido araquidônico.
c) liberação do fator de ativação plaquetária (PAF).
O fator de ativação plaquetária (PAF) é um fosfolipídeo derivado da fosfatidilcolina da membrana plaquetária, que parece estar implicado na fisiopatologia de diferentes processos patológicos, como a asma, o choque anafilático, a psoriase, que e capaz de ativar as plaquetas por uma via independente, a do ácido araquidônico e/ou liberação de cálcio intracelular. Além disso, apresenta importante efeito sobre o tonus e a permeabilidade vascular.
Inibidores fisiológicos da coagulação
  O sangue se mantém líquido graças a perfeita relação entre a trombogênese – fibrinólise e, sobretudo, a presença de substâncias cujo papel é inibir fisiologicamente a coagulação expontânea. Nesse mecanismo são substâncias chaves no processo a proteína C e a trombomodulina.
Proteína C – A proteína C é um inibidor fisiológico da coagulação, parecendo exercer também atividade fibrinolítica. Sua ativação e considerávelmente acelerada na superfície do endotélio por um cofator, a trombomodulina, sintetizada pelas células endoteliais, a qual constitui um dos sítios receptores da trombina na superfície do endotélio.
   O complexo trombina-trombomodulina ativa a proteína C, enquanto a trombina e inativada por internalização do complexo e subseqüente degradação.
A proteína C ativada inibe também os fatores Va e VIIIa..

EMBOLIA

   É denominada embolia ou embolismo a obstrução de uma veia pelo deslocamento de um trombo até o local da obstrução (denominando-se então tromboembolia), tecido adiposo (embolia gordurosa), ar (embolia gasosa) ou um corpo estranho (como embolias iatrogênicas por pontas de cateter). A obstrução do vaso pode levar a complicações mais evidentes a jusante, no caso de embolias em artérias ou a montante, no caso de acometimento de veias ou vasos linfáticos.
   A causa mais comum e evitável de morte em pacientes hospitalizados é o tromboembolismo pulmonar. A maioria dos casos é provocada por êmbolos que surgem de trombose de veias profundas das pernas e o diagnóstico é difícil porque dão sintomas incaracterísticos e a maioria dos casos é de resolução espontânea. As consequências clínicas do embolismo pulmonar dependem da extensão do bloqueio vascular pulmonar e do tempo de evolução.
   A embolia aérea geralmente resulta de entrada de ar acidental no sistema venoso durante uma injeção endovenosa ou transfusão. Bolhas de gás(nitrogênio) podem se formar também na corrente sanguínea durante o mergulho a grandes profundidades.
   Embolia por líquido amniótico ocorre em 1:70.000 nascimentos. Este penetra nas veias durante partos complicados provocando coagulação intravascular disseminada..

sábado, 6 de novembro de 2010

Trombose venosa durante a gravidez e após o parto

O que é trombose venosa?
A trombose consiste na formação de um coágulo no interior de uma veia.
A trombose venosa profunda (TVP) é um coágulo sanguíneo que se forma dentro de uma veia profunda da perna, coxa ou pélvis.
Os Principais sintomas de uma Trombose Venosa Profunda TVP (que geralmente ocorrem em apenas uma perna) são:
• inchaço em uma perna inteira ou apenas parte dela
• dor e / ou pressão – o paciente pode somente sentir em pé ou quando caminhar ou talvez apenas sinta a perna pesada.
Porque TVP é grave?
O perigo da TVP é que o coágulo se fragmente e circule na corrente sanguínea até que se aloje em outra parte do corpo. Quando se encontra no pulmão, é chamado de embolia pulmonar.
Embora uma embolia pulmonar seja rara, ela pode ser fatal se não forem tratadas imediatamente. Entre 1-2 em 100.000 mulheres morrerão de uma embolia pulmonar durante ou após a gravidez.
Quem está em risco de trombose?
Mulher grávida tem dez vezes mais chance de desenvolver uma trombose do que as mulheres que têm a mesma idade e não estão grávidas. Isto é devido às mudanças que ocorrem durante a gravidez e durante seis semanas após o nascimento.
Riscos adicionais para o desenvolvimento de uma trombose na gravidez:
• ter tido uma trombose anterior
• ter uma condição chamada trombofilia, o que torna mais provável trombose
• ter mais de 35 anos
• excesso de peso (Índice de Massa Corporal (IMC) superior a 30)
• estar transportando mais de um bebê (gravidezes múltiplas)
• ter pré-eclâmpsia grave.
• Imobilidade por longos períodos de tempo, por exemplo, após uma operação ou quando viaja por 4 horas ou mais.
A trombose pode ocorrer em qualquer fase da gravidez e durante seis semanas após o nascimento.
Como é diagnosticada trombose durante a gravidez?
O seu médico examinará sua perna e solicitará um Eco - Doppler colorido de sua perna para mostrar onde está o coágulo. Se nenhum coágulo é visto, e você ainda está tendo sintomas, o exame pode ser repetido após uma semana.


Qual é o tratamento para a trombose?
Logo que o seu médico suspeitar que você tenha uma trombose, você será aconselhado a iniciar o tratamento com uma injeção de heparina para anticoagulação (afinar o sangue).
Quanto tempo é necessário tomar heparina?
O tratamento geralmente é recomendado para o resto de sua gravidez e durante seis semanas após o parto. O tratamento tempo mínimo é de três meses.

Poderá ser prescrito uma meia elástica de compressão, que ajuda a reduzir o inchaço na perna.
Existem riscos para mim e para o meu bebê com o uso de heparina?
Heparina de baixo peso molecular não atravessa da placenta para o bebê e, por isso é seguro o seu uso na gravidez.
Pode haver algumas manchas escuras onde você injetar a medicação e, que geralmente desaparecem dentro de alguns dias.

Entre uma a duas mulheres em cada 100 (1-2%) passará a ter uma reação alérgica quando usam a medicação. Se você notar uma erupção cutânea após a injeção, deve informar o seu médico a fim de que o tipo de heparina possa ser alterado.
O que devo fazer quando começar o trabalho de parto?
A maioria das mulheres com uma TVP pode prosseguir normalmente com a sua gravidez. Se você acha que está acontecendo o trabalho de parto, não tome novas injeções e telefone para o seu médico ou dirija-se ao seu hospital. Diga-lhes que você está em tratamento com heparina e irão aconselhá-lo.
O que acontece após o nascimento? Posso amamentar?
O tratamento deve ser continuado durante um período de seis semanas após o parto. Existe uma opção de tratamento após o nascimento de continuar com injeções de heparina ou utilizando comprimidos de Marevan ou Marcoumar. O seu médico irá discutir suas opções com você.
Ambos heparina e varfarina são seguros para tomar enquanto estiver amamen-tando.

Após o nascimento, você geralmente retornará com o seu médico, onde ele irá avaliar:
• se há história familiar de trombose e discutir os testes com uma condição que torna mais provável trombose (trombofilia) - este idealmente deve ser feito antes de uma eventual futura gravidez.
• discutir suas opções de contracepção (que devem ser aconselhados a não tomarem qualquer contraceptivo que contém estrogênio, por exemplo, a 'pílula combinada').
• dar-lhe informações sobre uma meia elástica de compressão.
Recomenda-se que você deve usar este sobre a perna afetada por dois anos..

EDEMA

Edema refere-se a um acúmulo anormal de líquido no espaço intersticial devido ao desequilíbrio entre a pressão hidrostática e osmótica. É constituído de uma solução aquosa de sais e proteínas do plasma e sua composição varia conforme a causa do edema. Quando o líquido se acumula no corpo inteiro diz-se que é um edema generalizado.

O edema pode ser classificado também como:

Edema localizado :

São edemas que comprometem um território do organismo ou órgão. Resultam de distúrbios locais. -exemplo: edema inflamatório

Edema generalizado

Edema generalizado ou anasarca, acontece quando o mesmo se espalha por todo o corpo e nas cavidades pré-formadas. Pode ocorrer também dentro do abdômen ascite e dentro do pulmão (edema pulmonar ou derrame pleural).
Por ocasião de qualquer tipo de edema, em qualquer localização, sua presença faz diminuir a velocidade da circulação do sangue, assim prejudicando a nutrição e a eficiência dos tecidos.

 Tipos de edemas generalizados

  • Edema renal
  • Edema cardíaco
  • Edema da gravidez
  • Edema das cirroses hepáticas
  • Edema iatrogênico

Edemas causados por drogas

  • Antidepressivos
  • Anti-hipertensivos
  • Hormônios
  • Diuréticos
  • Catárticos

sábado, 30 de outubro de 2010

A vitamina C favorecendo a cicatrização

   A vitamina C favorece a cicatrização de feridas através da estimulação da reentrada dos fibroblastos quiescentes no ciclo celular, promovendo a migração de células», revela um estudo desenvolvido por um grupo de investigadores do Instituto de Biologia Molecular e Celular (IBMC) do Porto e da Universidade de Leicester (Reino Unido). Os investigadores confirmam, assim, o poder da vitamina C na regeneração da pele, incluindo no tratamento de cancros.
   Os autores da investigação salientam que a vitamina C contribui, deste modo, «para a manutenção de uma pele saudável, possuindo propriedades anti-oxidantes que protegem o DNA celular contra a danificação pela oxidação», e sublinham as conclusões agora tiradas «podem conduzir a avanços na prevenção e tratamento de lesões ou cancro da pele. 
Este estudo identificou novas propriedades protectoras da vitamina C nas células da pele humana, com base na identificação da expressão de genes que promovem uma melhor regeneração mesmo que haja danos no DNA de algumas células.
  Os investigadores analisaram o efeito da longa exposição de um derivado da vitamina C, o ácido ascórbico 2-fosfato (AA2P), em fibroblastos dérmicos humanos (células responsáveis pela regeneração da pele).
  Os resultados demonstraram que «a vitamina C protege a pele através da promoção da proliferação e migração de fibroblastos, permitindo também a reparação de potenciais danos no DNA».
  Em vez de se centrar apenas nos efeitos imediatos da simples adição da vitamina C às células, o estudo foi mais longe e focou-se nos efeitos da exposição contínua de que resultaram «fibroblastos mais capazes de cicatrizar os danos resultantes da oxidação do DNA, aumentando o número de células que migraram para a área danificada, o que indica melhoria na cicatrização», afirmaram os investigadores.

membrana basal

MEMBRANA BASAL


Membrana basal é uma fina camada de matriz extracelular especializada, sintetizada em conjunto pelas células epiteliais e os fibroblastos presentes na lâmina própria. É considerada como que fazendo parte do epitélio, tendo a função de unir esta estrutura à lâmina própria e, representando a transição para a camada superficial da lâmina própria. Juntamente com o arcabouço fibroso da lâmina própria, forma a sustentação da mucosa da prega vocal. É uma estrutura importante para vibração da mucosa, pois, assim como a lâmina própria, promove elasticidade e, ao mesmo tempo, resistência às pregas vocais. A membrana basal normalmente não é observada, em detalhes, em lâminas coradas pela hematoxilina-eosina (H.E), técnica rotineiramente utilizada nas preparações histológicas para microscopia de luz.
A microscopia eletrônica é o melhor meio para o estudo desta estrutura. A ultra-estrutura mostra que a membrana basal da prega vocal está formada por três regiões que são denominadas, da superfície para profundidade, como: lâmina lúcida, lâmina densa, e lâmina reticular. Como já mencionado, sua principal função é a adesão do tecido epitelial ao conjuntivo, que é realizada por meio das fibrilas de ancoragem. Estudos mostram que as fibrilas de ancoragem (colágeno tipo VII) partem da lâmina densa para a camada superficial da lâmina própria, onde mudam de direção para voltar à lâmina densa. As fibras de colágeno tipo III da Lâmina reticular passam através dos "elos" formados pelas fibrilas de ancoragem, formando uma "corrente" que adere firmemente o epitélio da prega vocal à lâmina própria. Em relação à sua composição química, técnicas de elétron imuno-histoquímica mostraram que a membrana basal é composta, principalmente, por três tipos de macromoléculas: colágeno tipo IV, laminina e o proteoglicano heparam sulfato. O colágeno tipo IV é o responsável pela força e elasticidade da membrana basal, enquanto que laminina e o proteoglicano heparam sulfato estão relacionados com a adesão celular e no controle da passagem de substâncias através da membrana basal. Fibronectina e entactina são glicoproteínas encontradas na membrana basal, porém não se sabe, ao certo, sua função. Colágeno tipo XVII também é encontrado na membrana basal, sendo o principal componente das fibrilas de ancoragem o colágeno tipo VII.

sábado, 23 de outubro de 2010

MATRIZ EXTRACELULAR

Matriz extracelular
   Um elemento muito importante durante a reparação celular e que precisa de se manter íntegro
para que ocorra regeneração é a matriz extracelular.
Esta consiste basicamente, em proteínas estruturais fibrosas (que incluem vários tipos de
colagénio e glicoproteínas de adesão), e numa matriz intersticial constituída por
proteoglicanos. A matriz extracelular tem um papel muito importante na estimulação da
proliferação e diferenciação celular, direcciona a migração celular entre os tecidos e permite
a adesão das células aos tecidos.
   As células parênquimatosas ligam-se à matriz extracelular através de integrinas. Assim, as
integrinas, medeiam o contacto entre as células e a proteínas da matriz (colagénio e
fibronectina) e permitem, também a transmissão de estímulos da matriz para o núcleo da
célula. Estes estímulos induzem proliferação, diferenciação e síntese de proteínas que
interferem na migração celular.

   A matriz é um elemento extremamente activo e dinâmico. Para que se processe a
reparação, regeneração e cicatrização é essencial a comunicação entre as células do
parênquima e os elementos da matriz..

sinalizaçao celular

     A sinalização celular faz parte de um complexo sistema de comunicação que governa e coordena as actividades e funções celulares. A habilidade que as células possuem em perceber e correctamente responder ao seu ambiente envolvente, forma a base do desenvolvimento, da reparação de tecidos, da imunidade e de outras funções de homeostasia em tecidos. Erros existentes no processamento de informação celular são responsáveis por doenças como o cancro, a autoimunidade e diabetes. Ao se entenderem melhor os processos de sinalização celular, muitas doenças poderão ser tratadas de maneira mais eficaz e, em teoria, tecidos artificiais poderão ser fabricados.
A linha tradicional de investigação em biologia tem-se focado em estudar partes das vias de sinalização celular. O estudo de sistemas biológicos ajuda na compreensão da estrutura subjacente das redes de sinalização e em perceber como as mudanças nessas redes afectam a transmissão de informação
tipos de sinalização:
   Alguns tipos de comunicação célula a célula requerem que estas estejam em contacto directo. Algumas células formam junções comunicantes que fazem a conexão entre os seus citoplasmas. No músculo cardíaco, estas junções permitem a propagação do potencial de acção a partir do pacemaker cardíaco até outras regiões do coração, fazendo com o órgão se contraia coordenadamente.

A via de sinalização Notch é um exemplo de sinalização justácrina em que duas células adjacentes têm que ter contacto físico para que se processe a comunicação. Este requerimento de contacto directo permite um controlo preciso da diferenciação celular durante o desenvolvimento embrionário. Na espécie Caenorhabditis elegans, duas células da gônada em desenvolvimento têm iguais hipóteses em terminar a sua diferenciação ou em se tornar numa célula precursora uterina que continuará a dividir-se. A escolha de qual das células continua a dividir-se é controlada por competição de sinais na superfície celular. Uma das células irá produzir maior quantidade de uma proteína da superfície celular que activará os receptores Notch na célula adjacente. Isto irá activar um sistema de feedback que reduz a expressão de receptores Notch na célula que se irá diferenciar e aumentá-los na superfície da célula que continuará como célula estaminal.[4]
Muitos sinais celulares são transportados por moléculas que são libertadas por uma célula e que depois se movem até entrarem em contacto com outras células. Os sinais endócrinos são denominados de hormonas. As hormonas são produzidas por células endócrinas e viajam pelo sangue para alcançar outras partes do corpo. A especificidade da sinalização é controlada se determinada célula puder responder a um sinal específico. A sinalização parácrina tem como alvo apenas as células que estão na vizinhança da célula emissora do sinal. Os neurotransmissores são um exemplo deste tipo de sinalização. Algumas moléculas podem funcionar simultaneamente como hormonas e neurotransmissores. Por exemplo, a epinefrina e a norepinefrina podem funcionar como hormonas quando libertadas pela glândula adrenal, sendo transportadas através da corrente sanguínea até ao coração. A norepinefrina pode também ser produzida pelos neurónios, funcionando como neurotransmissores no cérebro. O estrogénio pode ser libertado pelo ovário e funcionar como hormona ou actuar localmente via sinalização autócrina ou parácrina...

sábado, 16 de outubro de 2010

FIBROSE

A fibrose do tecido conjuntivo é a consequência inelutável das cicatrizes operatórias, dos macros e micros-traumatismos e das inflamações diversas.
Aqui consideramos apenas a fibrose patológica, porque a fibrose é um fenómeno natural do processo de envelhecimento natural das fibras do tecido conjuntivo.

Esta fibrose patológica materializa-se sob a forma de corpúsculos fibróticos e de aderências que reduzem a elasticidade do tecido conjuntivo, modificando a eficácia metabólica, perturbando os numerosos tipos de receptores nervosos.
O complexo conjunto desta fibrose
(e dos seus efeitos combinados) faz parte dos componentes patológicos.

A alteração do tecido conjuntivo consiste numa modificação da sua organização fibro-tendinosa (do ponto de vista do volume, espessura e orientação) no sentido das tensões e da rigidez.
Às tensões, as contracções, as aderências, os espasmos musculares e as contraturas fibrosantes podem tornar-se factores primários da patologia reduzindo a eficácia circulatória, metabólica, mecânica e nervosa.

Estas causas são portanto diversas e revelam três origens principais:
. Cicatricial: por exemplo: pós–operatória, pós–traumática.
. Biomecânica: por exemplo: hiper solicitação.
. Metabólica: por exemplo: desregulamento hormonal, insuficiência de eliminação com intoxicação.

Ao nível locomotor, o resultado desta alteração irá provocar uma diminuição da mobilidade local por fibrose tendinosa, ligamentar, capsular ou muscular..

cicatrizaçao

Cicatrização

.
Uma cicatriz.
Cicatrização é o nome dado ao processo de reparo, o qual se faz à custa da proliferação do tecido conjuntivo fibroso, em que o tecido preexistente fica substituído por cicatriz fibrosa.
Para muitos, o processo de cicatrização é considerado um seguimento do processo inflamatório que provocou perda de substância. Realmente, na inflamação, o reparo se faz presente desde a fase aguda. O reparo também ocorre após perda de tecido por infarto, hemorragias, por ressecção cirúrgica, etc.
O processo de cicatrização ocorre em quatro fases importantes:
  • 1. Limpeza – Logo após o ferimento, os tecidos lesados liberam mediadores químicos da inflamação. Surge um processo inflamatório agudo e o exsudato fibrinoso na superfície, em contato com o ar fica ressecado, formando uma crosta, que auxilia a conter a hemorragia e a proteger o ferimento de contaminações externas. Enquanto houver inflamação ativa o processo de cicatrização não se completa.
  • 2. Retração – Reduz de 50% a 70% o tamanho do ferimento. Tem início dois a três dias após a indução do ferimento. Este fenômeno é resultado da ação dos miofibroblastos. Se a ação dos miofibroblastos se fizer de maneira exagerada surgem contraturas. Estas são muito comumente vistas nas cicatrizações após queimaduras extensas.
  • 3. Tecido de Granulação – É a parte mais característica do processo de cicatrização. Representa o novo tecido que cresce para preencher o defeito. O processo de angiogênese é dos mais importantes e parece ser basicamente o mesmo, tanto para formação do tecido de granulação, como, por exemplo, para criar um novo estroma pra células neoplásicas.
  • A angiogênese é o processo pelo qual células endoteliais secretam proteases que degradam a matriz extracelular, depois migram nos espaços perivasculares, proliferam e se alinham para formar novos vasos.
  • Durante o processo de angiogênese as células endoteliais são digeridas por moléculas que fazem interação célula-célula e matriz-célula. As células endoteliais se agrupam e fazem protrusão por entre os fragmentos das membranas basais, a princípio formando fileiras sólidas de células. Nestes brotamentos sólidos, as células endoteliais começam a apresentar vacúolos citoplasmáticos que se fusionam a princípio entre si e logo com os de células vizinhas, dando origem à nova luz vascular. Os sinais ou fatores responsáveis pela angiogênese derivam de vários tipos celulares.
  • Fatores por macrófagos (fator de angiogênese derivado de macrófago), mastócitos (heparina), plaquetas (fator de crescimento derivado de plaquetas, fator de transformação do crescimento, beta) e fibroblastos (fator de crescimento do fibroblasto) têm todos, efeito positivo sobre a angiogênese. Eles conferem um aspecto granuloso avermelhado à superfície (daí se origina o nome “tecido de granulação”) Os nervos entram no novo tecido tardiamente. Por isso, o tecido de granulação não dói, embora sangre ao menor contato. Entre os capilares aparecem muitos fibroblastos, pericitos, miofibroblastos e macrófagos. A matriz extracelular vai-se densificando com o passar dos dias, adquirindo cada vez mais fibras colágenas. Estas formam a princípio um padrão frouxo, mas pouco a pouco as fibras se dispõem em feixes paralelos, compactos, enquanto os vasos sanguíneos vão se tornando menos proeminentes e desaparecem. Assim, o tecido de granulação acaba dado lugar a uma cicatriz fibrosa, dura, esbranquiçada e retraída.
  • 4. Reepitelização – O crescimento do epitélio nas bordas da ferida se faz precocemente, sendo que as células epiteliais apresentam mitoses e começam a se intrometer por debaixo da crosta. A reepitelização é o acontecimento terminal no processo de reparo. Quando o tecido conjuntivo acaba de preencher o defeito, resta apenas pequena porção da superfície do ferimento ainda descoberta. Com o arremate final, rapidamente as células epiteliais crescem e restabelecem a continuidade do revestimento.
  • A princípio, a camada epitelial de revestimento é muito fina e deixa ver por transparência o tecido conjuntivo avermelhado, que vai se tornando mais denso com o passar do tempo, o epitélio vai se tornando mais espesso.
  • O processo é basicamente o mesmo para qualquer circunstância. Quanto menor a perda de substância, mais rápido e simples será o reparo. Nas feridas cirúrgicas, o ideal é aproximar o bastante as bordas com o auxílio de suturas, fazendo a aposição das mesmas quase sem deixar solução de continuidade. Quando isso acontece, o reparo se faz com um mínimo de produção de tecido conjuntivo, praticamente sem deixar cicatriz. Diz-se então que houve uma cicatrização por primeira intenção. Quando o reparo se faz com produção mais evidente de tecido de granulação usa-se o termo cicatrização por segunda intenção..

sábado, 25 de setembro de 2010

CITOCINAS

   As citocinas são proteínas que modulam a função de outras células ou da própria célula que as geraram. São produzidas por diversas células, mas principalmente por linfócitos e macrófagos ativados, sendo importantes para o controle da resposta imune (1-3).
   As citocinas dependem da ligação com receptores específicos da membrana celular para desempenharem sua função. Normalmente, há a necessidade da ação de mais de uma citocina para uma resposta imune, por isso elas agem em conjunto, formando uma rede complexa, na qual a produção de uma citocina influenciará a produção ou resposta de outras (1-3).

  Se a célula que produziu a citocina for um linfócito ativado, esta é chamada de linfocina. As interleucinas (IL), atualmente numeradas IL-1 a IL-8, são citocinas produzidas por células hematopoiéticas (que formam o sangue). Outros exemplos de citocinas são: interferons (IFN), fatores estimuladores de colônia (CSF), fatores de necrose tumoral (TNF), fatores de crescimento e quimiocinas (1-3).

  Os IFNs, por exemplo, agem na limitação da propagação de determinadas infecções virais. Os CSFs possuem importante papel na divisão e diferenciação das células-tronco na medula óssea e dos precursores dos leucócitos do sangue. As ILs têm muitas funções, mas a maioria está envolvida na indução de divisão e diferenciação de outras células. Cada IL atua em um grupo específico de células, de acordo com os receptores adequados para cada uma. As outras citocinas possuem funções principalmente nas reações inflamatórias e citotóxicas (1)..

QUIMIOTAXIA

È a locomoção orientada dos leucócitos no sentindo do foco inflamatório em resposta a estìmulo quimiotàtico correspondentes.Esses estímulos podem ser:
*AGENTES EXÓGENOS:que são produtos bacteriano
*MEDIADORES QUÍMICO:C5a,LTB4,e IL-8
"Há a união do AGENTE QUIMIOTÁTICO + Receptores nas menbranas dos leucócitos ,que desencadiará a ativação da Fosfolipase-c,possibilitando a hidrólise do PIP2 em DIACILGLICEROL +IP3.Essas substância provocarão a liberação do cálcio(tanto das reservas intracelulares como por influxo).Assim ,como a liberação e acumúlo do cálcio,dar-se a montagem da actina e miosina,que são proteínas contrateís e facilitarão  a movimentação dos leucócitos,de modo que eles sigam em direção ao foco inflamatório".

sábado, 18 de setembro de 2010

Imunologia/Imunidade Citocinas

1 - Classificação das Citocinas
Os progressos ocorridos nesses últimos anos em imunologia possibilitaram estabelecer o papel central dos linfócitos T na regulação da síntese das IgE. Foi elaborado um conceito funcional das células TH (T helpers = T auxiliares) no camundongo e hoje dedicamo-nos a classificar as células T em função do grupo de citocinas imuno-reguladoras que produzem.

Temos, assim, 5 grandes perfis, ou sejam, TH0, TH1, TH2, TH3 e TR1 caracterizados pela presença de citocinas precisas, essencialmente sintetizadas pelos linfócitos T.
O fenótipo dos linfócitos T pode igualmente predizer os perfis quanto às citocinas:

• A presença de marcadores de membrana CCR5 (receptores para as CXC-quimiocinas) e de LAK3 predizem perfis TH1 (IL-2 e IFNg).

• A presença de marcadores de membrana CCR3 (receptores para CC-quimiocinas) predizem perfis de citocinas TH2 (OL-4, IL-5, IL-13).

• Os perfis de citocinas TH3 são essencialmente caracterizados pelo TGFb.

• Os perfis TR1 são essencialmente caracterizados por uma taxa muito elevada de IL-10 e unicamente induzidos pelos linfócitos T CD4+.

• Os perfis das citocinas TH0 correspondem ao perfil TH1 e TH2. Pensa-se que a partir desses perfis TH0 existe uma dicotomia que se efetua seja no sentido de um perfil TH1, seja no sentido de um perfil TH2.

Os perfis TH1 estão essencialmente implicados na resposta imunológica celular caracterizada por um infiltrado rico em neutrófilos polinucleares e em macrófagos e pela formação de granulomas.

Os perfis TH2 estão implicados, essencialmente, nas respostas imunológicas alérgicas e são caracterizados por infiltrados ricos em eosinófilos e por aumento da síntese da IgE.

No entanto, existe um equilíbrio com sobreposição dos dois perfis, pois um perfil TH1 pode estar implicado em uma resposta alérgica e um perfil TH2 pode provocar a formação de granulomas.
O IL-12 e o IL-18, essencialmente sintetizados pelos macrófagos, são indutores dos perfis TR1. O IL-4 e o Bcl 6 intervêm no equilíbrio de TH1/TH2, provocando a transição para um perfil TH2. O IL-4 diminui a produção das citocinas TH1 e o IFNg diminui a produção das citocinas TH2.
O IL-10 e grandes quantidades de antígenos são os indutores dos perfis TH1 das citocinas.
A regulação dos perfis TH1/TH2 ainda é pouco conhecida. O papel de IL-4, por exemplo, pode ser contraditório: in vitro, o IL-4 acrescentado depois de estimulação celular diminui a produção de IFNg e portanto, do perfil TH1. Em compensação, acrescentado às células antes da estimulação, o IL-4 produz aumento do IFNg; tem, portanto, uma ação a favor do TH1.

Existe também um equilíbrio entre as citocinas inflamatórias (IL-1b, IL-8, TNFa) e as citocinas antiinflamatórias (antagonistas do receptor de IL-1, IL-10, TNFa). O IL-6 é, atualmente, considerado mais como uma citocina antiinflamatória. O IL-4 (perfil TH2) é mais difícil de classificar, pois pode ter funções inflamatórias e antiinflamatórias.
TGFb possui diversas isoformas (1,2,3) das quais algumas teriam uma ação inflamatória e outras ação antiinflamatória.

O papel do IL-10, considerado como citocina antiinflamatória, é bastante complexo. Os conhecimentos atuais mostram que promove a diminuição de IL-1b, IL-8 e de TNF, citocinas que, por sua vez, possuem ação positiva sobre a síntese de IL-10. Essa auto-regulação negativa aumenta a produção do antagonista para o receptor de IL-2 e diminui os perfis TH1, mas também os perfis TH2 (em baixas doses).
Utilizado em doses elevadas (superiores a 20mg/kg), o efeito de IL10 é pro-inflamatório.

Além dos grandes grupos que acabamos de citar, existem citocinas de baixo peso molecular implicadas no recrutamento das células no âmbito tecidual. Tratase das quimiocinas repartidas em 4 grupos.
Os dois mais importantes são as a quimiocinas ou CXC-quimiocinas e as b quimiocinas ou CC-quimiocinas. Essas diferentes quimiocinas exercem seu efeito após fixação sobre um receptor específico. As CXC-quimiocinas (IL-8, SDF1) estão essencialmente implicadas no recrutamento tecidual de polinucleares neutrófilos, das células T e das células NK. As CC-quimiocinas estão implicadas no recrutamento de macrófagos, mastócitos e eosinófilos com as 3CC-quimiocinas particularmente implicadas no recrutamento dos eosinófilos: MCP 4, RANTES, eotaxina 1-2.
Os perfis das citocinas TH1 ou TH2 tanto modulam a resposta inflamatória quanto a antiinnflamatória conforme o contexto e é difícil, hoje em dia, atribuirlhes um efeito isolado. Tais perfis também modulam a expressão das CXC-quimiocinas e das CC-quimiocinas com um provável aumento das CXC-quimiocinas quando há um perfil TH1 e aumento das CC-quimiocinas quando há um perfil TH2..

quinta-feira, 16 de setembro de 2010

Colecistite aguda

A colecistite é uma inflamação da parede da vesícula biliar, em geral, resultado de um cálculo no canal cístico, que causa um ataque de dor repentino e muito agudo.
No mínimo 95 % dos indivíduos com inflamação aguda da vesícula tem cálculos biliares. Em casos raros, a inflamação é causada por uma infecção bacteriana.
A inflamação aguda da vesícula biliar sem a presença de cálculos é uma doença grave. Tende a produzir-se depois de feridas, operações, queimaduras, infecções espalhadas por todo o corpo (sepsis) e doenças críticas, particularmente em pacientes que recebem alimentação prolongada por via endovenosa. A pessoa não costuma mostrar sintomas prévios de uma doença da vesícula biliar até que experimenta uma dor repentina e agudíssima na parte superior do abdómen. Em geral, a doença é de prognóstico muito grave e pode evoluir para gangrena ou perfuração da vesícula. É necessária a cirurgia imediata para extrair a vesícula.
Sintomas
A dor, habitualmente localizada na parte superior direita do abdómen, é o primeiro sinal de inflamação da vesícula. Pode intensificar-se quando a pessoa respira profundamente e muitas vezes estende-se à parte inferior da omoplata direita. A dor pode tornar-se agudíssima e as náuseas e os vómitos são habituais.
É sintomático que o paciente sinta uma dor muito aguda quando o médico pressiona a parte superior direita do abdómen. Em poucas horas, os músculos abdominais do lado direito podem pôr-se rígidos. No princípio, pode apresentar uma febre ligeira, que, à medida que passa o tempo, tende a aumentar.
Em geral, um ataque de vesícula biliar acalma-se em 2 ou 3 dias e desaparece completamente numa semana. Se isso não acontecer, o paciente poderá sofrer de complicações graves. A febre alta, os calafrios, um marcado aumento dos glóbulos brancos e uma interrupção do movimento normal propulsivo do intestino (íleo) costumam indicar a formação de um abcesso, uma gangrena ou uma perfuração da vesícula biliar. Nestas condições torna-se necessária a cirurgia de urgência.
Podem aparecer outras complicações. Um ataque de vesícula biliar acompanhado de icterícia ou de um retrocesso de bílis para o fígado indica que o canal biliar comum poderá estar parcialmente obstruído por um cálculo ou por uma inflamação. Se as análises de sangue revelam um aumento da concentração no sangue do enzima amilase, a pessoa poderá ter uma inflamação do pâncreas (pancreatite) provocada por uma obstrução do canal pancreático por cálculos biliares.
Diagnóstico
Os médicos diagnosticam uma inflamação aguda da vesícula biliar baseando-se nos sintomas do paciente e nos resultados de certos exames clínicos. Muitas vezes a ecografia ajuda a confirmar a presença de cálculos na vesícula biliar e pode mostrar um espessamento da parede da mesma. A gamagrafia hepatobiliar (uma técnica de imagem que se realiza depois da administração de uma substância radioactiva por via intravenosa) contribui para um diagnóstico mais preciso. Este exame proporciona imagens do fígado, dos canais biliares, da vesícula biliar e da parte superior do intestino delgado.
Tratamento
Em geral, uma pessoa com inflamação aguda da vesícula biliar é hospitalizada, administram-se-lhe líquidos e electrólitos por via intravenosa e não se lhe permite comer nem beber. Em algumas ocasiões, pode passar-se uma sonda através do nariz até ao interior do estômago, de modo a que, por meio de aspiração possa manter-se o estômago vazio, reduzindo assim a estimulação da vesícula biliar. Habitualmente, administram-se antibióticos mal se suspeite da existência de uma inflamação aguda da vesícula biliar.
Se o diagnóstico for claro e o risco da cirurgia pequeno, a vesícula biliar extrai-se dentro dos dois primeiros dias da doença. Contudo, se o doente apresenta alguma outra doença que aumente o risco da cirurgia, a operação pode ser adiada enquanto esta última é tratada. Se o ataque agudo se resolver por si, a vesícula biliar pode ser extraída posteriormente, preferencialmente depois de 6 semanas ou mais. Quando se suspeitar da existência de possíveis complicações, tais como a formação de um abcesso, uma gangrena ou a perfuração da vesícula, geralmente é necessária a cirurgia imediata.
Uma reduzida percentagem de pessoas tem novos ou repetidos episódios de dor, que sentem como ataques de vesícula biliar, mesmo quando já não têm vesícula. A causa destes episódios é desconhecida, mas poderiam ser o resultado de um funcionamento anómalo do esfíncter de Oddi, a abertura que controla a libertação de bílis no intestino delgado. Pensa-se que a dor pode ser o resultado de um aumento da pressão nos canais, causado pela resistência ao fluxo de bílis ou às secreções pancreáticas. Em alguns pacientes, os pequenos cálculos que ficam depois da operação podem causar dor. O médico pode usar um endoscópio (tubo flexível óptico com acessórios cirúrgicos) para dilatar o esfíncter de Oddi. Este procedimento geralmente alivia os sintomas em pacientes com uma anomalia diagnosticada do esfíncter, mas não é eficaz para os que só sentem dor.

sexta-feira, 10 de setembro de 2010

PIGMENTAÇAO

CONCEITO:
  • Pigmentos: (do latim "pigmentum") - Substâncias de composição química e cores próprias, amplamente espalhadas na natureza, também encontradas nas células e tecidos, sob a forma de grânulos, alguns com importantes funções, mas que em determinadas circunstancias podem constituir cause ou efeito de alterações funcionais.

    • Pigmentos endógenos: Oriundos de substancias que fazem parte da organização corporal, sendo produtos específicos da atividade celular. Substancia corada que é produzida dentro e pelo próprio organismo.

    • Pigmentos exógenos: Oriundos do exterior, que introduzidos no organismo por ingestão, inalação ou inoculação, se depositam nos tecidos, funcionando como corpos estranhos, sendo fagocitados por macrófagos ou drenados por vasos linfáticos.

  • Os distúrbios da pigmentação decorrem de:
    • Alterações na formação do pigmento (hiper ou hipoprodução);

    • Alterações na distribuição (localização anormal);
As pigmentações patológicas ocorrem em numero considerável de doenças, mas o pigmento em si raramente ocasiona alterações histofisiológicas significativas (i.e. raramente é causa de problema, é mais um sinal deste!). Exceção: Hemocromatose.
exemplo de pigmentos exógeno:                                      
Mancha Mongólica
  exemplo de pigmentação endógeno

RESTRIÇÃO CALÓRICA E AS DOENÇAS DA VELHICE

   Nos roedores, a restrição calórica retarda a instalação de doenças associadas ao envelhecimento como câncer (incluindo mama e próstata, dois dos tipos mais freqüentes no homem), problemas renais e cataratas.Na verdade, certas respostas à restrição são extremamente rápidas. Por exemplo, em ratos, a concentração de açúcar (glicose) no sangue cai 20% após apenas cinco dias de restrição calórica. Em macacos, ocorre resposta semelhante..
   Nos homens, esses estudos encontram muita dificuldade na quantificação do número de calorias ingeridas. Um trabalho destinado a avaliar o efeito da dieta ocidentalizada em populações japonesas mostrou que na ilha de Okinawa, onde a alimentação é mais tradicional e o aporte calórico 17% mais baixo do que a média do país, a mortalidade por câncer, doenças cardiovasculares e derrames cerebrais é de 31% a 41% menor.
   Na Suécia, altos níveis de consumo calórico demonstraram estar associados a maior incidência de câncer de próstata. Estudos epidemiológicos sugerem que a mesma associação talvez exista para câncer de intestino, de estômago e, possivelmente, câncer de mama.
   Rapidamente se acumulam dados a respeito das implicações do aporte calórico na doença de Alzheimer, Parkinson, insuficiência cardíaca e outras enfermidades. Coerentemente com os estudos experimentais, os efeitos maléficos da ingestão excessiva de calorias são mais acentuados justamente nos tecidos que não se renovam
  É importante dizer também que as dimensões dos órgãos internos guardam relação direta com o número de calorias ingeridas. Quanto maior a energia absorvida na alimentação, maior é o peso do coração, fígado, rins, próstata, baço, músculos e dos gânglios linfáticos envolvidos na resposta imunológica.

sexta-feira, 3 de setembro de 2010

CALCIFICAÇÃO DISTRÓFICA

CALCIFICAÇÃO DISTRÓFICA
 
“Incrustração de sais em tecidos previamente lesados, com processos regressivos ou necrose”.
A pinça destaca uma placa de ateroma calcificada, que se desloca da túnica íntima (PI). Esse quadro caracteriza um estágio avançado de ateroesclerose.
 omo o próprio conceito enfatiza, a calcificação distrófica se relaciona com áreas que sofreram agressões e que apresentam estágios avançados de lesões celulares irreversíveis ou já necrosadas. Nesse último caso, por exemplo, é comum observar calcificações distróficas nas paredes vasculares de indivíduos senis com ateroesclerose, cujo processo se caracteriza por presença de necrose no endotélio vascular devido à deposição de placas de ateroma.
A patogenia da calcificação distrófica ainda não está bem estabelecida; algumas teorias foram criadas em função dos fatores que regulam as calcificações normais, como a teoria dos sabões, aplicável para a ateroesclerose.

APOPTOSE

Apoptose:

Também chamada de morte celular programada em virtude do seu mecanismo envolver  a degradação do DNA e das proteínas celulares segundo um programa celular específico. Nesta forma de morte celular não há vazamento de proteínas através da membrana celular, ocorrendo fagocitose da célula apoptótica sem inflamação local.

A apoptose pode ser fisiológica ou patológica.

Exemplos de apoptose fisiológica são a destruição programada de células durante a embriogênese e a involução mamária após a lactação.

A apoptose patológica ocorre em condições tais como  hepatite por vírus (hepatócitos apoptóticos), atrofia acinar após a obstrução de ductos glandulares e destruição de células lesadas por radiação.

Morfologicamente as células apoptóticas diminuem de tamanho, exibem cromatina condensada formando agregados próximos à membrana nuclear. A seguir há formação de corpos apoptóticos (fragmentos celulares), percebendo-se finalmente a fagocitose das células ou de seus fragmentos por macrófagos, sem inflamação.

hepatócito apoptótico em caso de hepatite por vírus.

Os mecanismos bioquímicos da apoptose compreendem a clivagem de proteínas por hidrólise  que envolve as caspases (proteases), que normalmente acham-se contidas nas células sob forma de pró-enzimas. Estas enzimas não só hidrolisam proteínas mas também ativam DNAses, que degradam o DNA nuclear. Mudanças na membrana plasmática das células apoptóticas que passam a expressar determinadas substâncias químicas (fosfatidilserina), as tornam precocemente alvo de fagocitose pelos macrófagos, sem a liberação de substâncias que produziriam inflamação local e portanto maior lesão tecidual.

NECROSE DE LIQUEFAÇÃO

 NECROSE DE LIQUEFAÇÃO: Necrose associada à infecção por agentes biológicos (principalmente bactérias) a um tecido, ou no caso específico da lesão por isquemia ou hipóxia no tecido cerebral (fenômeno ainda não muito bem compreendido).
Em tecidos infectados, forma-se um processo inflamatório devido ao recrutamento de leucócitos para neutralizar os microorganismos. Neste caso pode haver lesão e morte celular mediada por toxinas bacterianas ou fúngicas ou então devido ao processo inflamatório, e como o tecido inflamado é rico em leucócitos as células mortas são rapidamente fagocitadas e digeridas. Em todo caso a digestão do tecido necrótico resultará na formação de uma massa residual amorfa, composta por pus caso a necrose seja resultado de uma infecção aguda e haja presença de leucócitos mortos.

segunda-feira, 23 de agosto de 2010

NECROSE COAGULATIVA

Necrose  coagulativa: permanência das células necróticas no tecido como restos ‘fantasmas’. São removidos lentamente por fagocitose a partir da periferia da área necrótica.
Exemplos de necrose coagulativa. 
1) INFARTOS.  A maioria dos INFARTOS  (necroses por falta de irrigação de um tecido, ou seja, por  isquemia),  são do tipo coagulativo.  Exemplos: infarto do miocárdio, do rim, do baço.  Uma notável exceção é o cérebro, onde as necroses, inclusive os infartos, são quase sempre liqüefativas.
Num infarto com necrose coagulativa ocorre geralmente  parada completa da circulação sangüínea nos capilares da área necrótica. Com isto não chegam neutrófilos nem macrófagos, que são células fagocitárias essenciais para a rápida ‘limpeza’ dos restos necróticos. As células mortas permanecem por longo tempo onde estavam. 
....
Ocorrem as alterações nucleares (picnose, seguida de cariólise; cariorrexe é mais rara) e eventualmente o núcleo desaparece totalmente. O citoplasma passa a eosinófilo. Este conjunto de alterações constitui a necrofanerose (ou manifestação morfológica da necrose). O tempo decorrido até este ponto é geralmente de poucos dias (tipicamente 4 dias a 1 semana). 
O material necrótico é removido lentamente a partir da periferia porque lá existe circulação capilar íntegra, de onde provêm células fagocitárias. A remoção do material necrótico por fagócitos é chamada heterólise
Macroscopicamente, a área de necrose coagulativa é firme e pálida (por ausência de circulação), bem delimitada do tecido normal.  Quando a causa é isquêmica (infarto), é característica a forma em cunha, com o ângulo voltado para o centro do órgão, isto é, para o vaso ocluído.

sexta-feira, 20 de agosto de 2010

Esteatose

  É o acúmulo de gorduras neutras(mono,di ou triglicerídeos)no citoplasma de célula que normalmente não as armazenam.a lesão é comum no fígado,epitélio tubular renale miocárdio,mas pode ser observada também nos músculo esquéleticose pâncreas.
  A esteatose é causada por agentes tóxicos,hipóxia,alterações na dietae distúrbios metabólicosde origem génetica.os agenteslesivos causam esteatose hepática por interferirem nos diferentes passos do metabolismo lipídico,como;(1)aumento da síntese de lipídeos por maior aporte de ácidos graxos decorrentes de lipólise ou de ingestão excessiva;(2)produção de ácidos graxos apartir do excesso de acetilCoA que não encontra condiçoes de rápida oxidação no ciclo de krebs;(3)redução na ultilização dos triglicerídeos para a síntese de lipídeo mais complexos,devido a carência de fatores nitrogenados de ATP;(4)menor formação de lipoproteíca por deficiência na síntese das apoproteínas;(5)distúrbios no deslocamento e fusão das vesículas que contêm as lipoproteína com a membrana plasmática,em decorrência de alterações funcionais no citoesqueleto.

sábado, 14 de agosto de 2010

celulas dentríticas

   Originadas de precusores de medula óssea,ás células dendríticas existem em todos os tecidos ,embora não sejam de facil identificação.Nos tecidos têm a prioridade de endocitar substâncias estranhas e com componentes teciduais lesados
  Hà vários tipo de células dentríticas,especialmente no tecido do linfóide associado ás mucosas;nos tecidos não-imunitàrios,existem dois tipos:células mielóides(de precusor mielóide)e células dentrìticas plasmacitòides(de precusor lifóide),com ações diferentes.

hipóxia

È a reduçao do fornecimento de oxigênio ás células.diversas lesôes produzem obstruçõ vascular que leva á redução do fluxo sanguìneo(isquemia parcial,com hipóxia)dependendo da intensidae e da duração do fenômeno e da suscetibilidade á privação de oxigênio e nutrientes,as celulas degeneram ou morrem.nos estados de hipóxia ,as celulas sofrem modificações metabólicas progressiva que originam resposta adaptativas,lesões reversíveis ou,dependendo da intensidade,lesões irreversíveis.