segunda-feira, 23 de agosto de 2010

NECROSE COAGULATIVA

Necrose  coagulativa: permanência das células necróticas no tecido como restos ‘fantasmas’. São removidos lentamente por fagocitose a partir da periferia da área necrótica.
Exemplos de necrose coagulativa. 
1) INFARTOS.  A maioria dos INFARTOS  (necroses por falta de irrigação de um tecido, ou seja, por  isquemia),  são do tipo coagulativo.  Exemplos: infarto do miocárdio, do rim, do baço.  Uma notável exceção é o cérebro, onde as necroses, inclusive os infartos, são quase sempre liqüefativas.
Num infarto com necrose coagulativa ocorre geralmente  parada completa da circulação sangüínea nos capilares da área necrótica. Com isto não chegam neutrófilos nem macrófagos, que são células fagocitárias essenciais para a rápida ‘limpeza’ dos restos necróticos. As células mortas permanecem por longo tempo onde estavam. 
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Ocorrem as alterações nucleares (picnose, seguida de cariólise; cariorrexe é mais rara) e eventualmente o núcleo desaparece totalmente. O citoplasma passa a eosinófilo. Este conjunto de alterações constitui a necrofanerose (ou manifestação morfológica da necrose). O tempo decorrido até este ponto é geralmente de poucos dias (tipicamente 4 dias a 1 semana). 
O material necrótico é removido lentamente a partir da periferia porque lá existe circulação capilar íntegra, de onde provêm células fagocitárias. A remoção do material necrótico por fagócitos é chamada heterólise
Macroscopicamente, a área de necrose coagulativa é firme e pálida (por ausência de circulação), bem delimitada do tecido normal.  Quando a causa é isquêmica (infarto), é característica a forma em cunha, com o ângulo voltado para o centro do órgão, isto é, para o vaso ocluído.

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